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domingo, 7 de novembro de 2010

Promoção O Espaço Inexplorado no Psychobooks

Pessoal, o site Psychobooks sorteará um exemplar de O Espaço Inexplorado no dia 16/11/10.

Para participar, acesse o link http://www.psychobooks.com.br/2010/11/o-espaco-inexplorado.html e siga as instruções.

A promo vai até as 18hs do dia 16/11/10.

O Espaço Inexplorado - Resenhas

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gliese 581, "o sistema"

Ilustração artística de Gliese 581 c (Crédito: Karen Wehrstein -http://www.artofkaren.blogspot.com/ - Direitos Reservados )

Na constelação de Libra, há pouco mais de 20 anos-luz da Terra, está localizado um sistema estelar conhecido como Gliese 581. Seu astro-rei é uma mera anã vermelha (*), que possui apenas um terço da massa de nosso Sol. Um lugar que tinha tudo para ser apenas um recanto modesto e comum do universo, com um punhado de planetas pouco interessantes. Porém...

Esta semana foi veiculada a notícia de que um de seus planetas - o Gliese 581 g - poderia ser uma espécie de "super-Terra" ( http://eternosaprendizes.com/2010/09/29/gliese-581g-cientistas-descobriram-uma-nova-e-inedita-super-terra-que-orbita-sua-estela-mae-na-zona-habitavel/ ). Bem, sou leigo no assunto, mas, como toda pessoa que se interessa pelo que pode haver de interessante por este universo afora, acho que posso dar uns pitacos...

Há alguns anos, com a descoberta do Gliese 581 c, lembro-me que houve vários comentários de que ele poderia abrigar vida semelhante à que existe na Terra ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Gliese_581_c ). Passaram-se os meses, no entanto, e o entusiasmo diminuiu. Algum tempo depois, veio a notícia da descoberta de um novo planeta no mesmo sistema - o Gliese 581 d. Pronto: estava aí o novo objeto das esperanças de muitos cientistas, que diziam que este mundo, sim, encontrava-se na zona habitável daquele sistema. Também foi chamado por alguns de "super-Terra", mas bastou a descoberta do Gliese 581 g para as atenções se voltarem para ele.

Será mesmo que há tantos planetas possivelmente habitáveis para seres como nós dentro de um mesmo sistema estelar?

Acho que este é um bom momento para nos lembrar da equação que Frank Drake elaborou no distante ano de 1961: "N = E x P x S x V x I x T x C"; onde "N" é o número de civilizações comunicantes em nossa galáxia; "E" é o número de estrelas que se formam por ano na nossa galáxia; "P" é a fração, dentre as estrelas formadas, que possui sistema planetário; "S" é o número de planetas com condições de desenvolver vida por sistema planetário; "V" é a fração desses planetas que de fato desenvolve vida; "I" é a fração, dentre os planetas que desenvolvem vida, que chega a ter vida inteligente; "T" é a fração, dentre os planetas que chegam a ter vida inteligente, que desenvolve tecnologia e, finalmente, "C" é a duração média, em anos, de uma civilização inteligente" ( fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas05.htm ).

Okay; a equação de Frank Drake pode parecer um tanto extensa (e repleta de variáveis), mas o mais importante é a conclusão que se pode extrair dela. De acordo com os cálculos feitos por Drake, deve existir uma quantidade imensa de civilizações com capacidade de comunicação. E isto apenas em nossa galáxia!

Para alguns, isso tudo pode parecer uma empolgação juvenil; uma espécie de "devaneio científico". Talvez estejam certos, mas não deixa de ser fascinante imaginar a diversidade da vida que pode existir além desse cantinho minúsculo do Universo que é o nosso Sistema Solar.

E a vida inteligente - devemos lembrar - pode se desenvolver de forma totalmente diferente daquilo que, em nosso restrito conhecimento, significam as palavras "vida" e "inteligência".

Precisamos parar para pensar nisso. A vida pode ser “fervilhando” por este universo afora, e talvez não sejamos capazes de enxergá-la.


(*) - Segundo os cientistas Fred C. Adams e Gregory Laughlin (livro "Uma Biografia do Universo: do Big Bang à Desintegração Final"; Jorge Zahar Editor; 2001), uma anã vervelha seria "Outro nome dado às estrelas de massa reduzida, com cerca de 10-40% da massa solar". Afirmam eles que "As anãs vermelhas são as estrelas mais numerosas e de vida mais longa dentre todas as estrelas possíveis" (obra citada, página 253).


domingo, 12 de setembro de 2010

Vamos Aquecer o Sol - José Mauro de Vasconcelos

Li este livro pela primeira vez quando tinha 10 anos. Foi um presente de minha professora da quarta série. Lembro que me emocionei muito com a leitura. Aquele sapo-cururu, o Adão, que acompanhou o personagem até sua maturidade, foi um companheiro muito especial, não apenas para ele, mas para mim também. E o dia em que ele foi embora... bem, basta dizer que esta passagem do livro me rendeu muitas lágrimas.
Reli o livro recentemente e creio que desta vez a emoção foi ainda maior, talvez porque agora compreendo melhor a sensibilidade de José Mauro de Vasconcelos. Que pena os leitores brasileiros - e sobretudo os críticos literários - não darem à obra deste autor o respeito e o destaque que ela merece! Talvez Vasconcelos não tenha sido um exímio escritor (gramaticalmente falando), mas a facilidade com que transmitia seus [muitos] sentimentos, a doçura e o talento natural de contador de histórias são realmente fascinantes.
A edição mais recente (da Melhoramentos) tem uma capa diferente, mas acho que esta que está aí em cima é bem mais legal. Afinal, Zezé sem Adão não faz sentido.
Não vejo um substituto para José Mauro de Vasconcelos na literatura contemporânea. E acho que ele faz muita falta.

sábado, 7 de agosto de 2010

Nazareth no Brasil: veterana banda escocesa agenda shows para o mês de outubro

Foto: Andrey "Elektrod" Kolesnikov


O Nazareth, banda de hard rock famosa pela interpretação da canção Love Hurts, dos Everly Brothers, divulgou em seu site oficial diversos shows a serem realizados no Brasil no mês de outubro. Aguarda-se um possível agendamento de novas datas e locais.


Confira, no site oficial do grupo, os shows já agendados: http://www.nazarethdirect.co.uk/nazareth/?q=event

11 de Outubro - Guarapuava (Centro de Eventos Pahy)
12 de Outubro - Pato Branco (Clube Pinheiros)
14 de Outubro - Curitiba (Curitiba Music Hall)
15 de Outubro - Joaçaba (casa de shows a definir)
16 de Outubro - Lages (Centro Serra)
17 de Outubro - Canoinhas (Centro de Eventos A Firma)
20 de Outubro - São Paulo (Carioca Club)
21 de Outubro - Vacaria (Jockey Clube)
22 de Outubro - Joinvile (casa de shows a definir)
23 de Outubro - Florianópolis (Floripa Music Hall)

Antes de chegar ao Brasil, comenta-se que a banda, uma das mais antigas do mundo (quarenta e dois anos ininterruptos de carreira) entrará em estúdio para gravar o seu 22º álbum.

Contatos para shows no Brasil: Andreia Cosme ; fones (11) 71001099 / 43557683 ; email andreiacosme@terra.com.br


Conheça um pouco melhor essa banda: http://whiplash.net/materias/biografias/051890-nazareth.html

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pertinácia

Bambuzal (Foto: Crysbell - http://cristybelvvv.spaces.live.com/ )
Eu preciso ser forte, sem querer impor-me
sobre meu semelhante
E ser humilde, sem ser fraco
Preciso dar um jeito de ser respeitado
sem precisar desrespeitar ninguém
Preciso aprender com o sofrimento,
Preciso cair e levantar
para aprender a andar e poder crescer
Preciso ser justo e imparcial
Ser dotado de sabedoria,
não deixando nunca de ser simples
E compreender os incompreendidos
Como também os que não me compreendem
Preciso ser sutil sem passar despercebido
E ser combativo, sem ser violento
Preciso saber falar na hora certa
E me calar,
quando minhas palavras
de nada adiantarem
Mas, em meu silêncio,
Preciso não me sentir derrotado
e ter forças para recomeçar
Sempre que for preciso.
Texto: Ricardo Guilherme dos Santos

O Espaço Inexplorado


Poesia e romances de ficção científica são minhas maiores paixões literárias. Para ficar melhor, só mesmo juntando a elas uma outra arte: a música!

Sempre gostei também de ver sagas futuristas na TV. O primeiro seriado do gênero que me chamou a atenção foi Perdidos no Espaço. Em seguida, conheci Jornada nas Estrelas e fiquei fascinado com a série. Galactica, Buck Rogers e Guerra nas Estrelas também foram muito importantes para mim.

Ao mesmo tempo em que “viajava” com a ficção científica das séries de TV, dos livros de Júlio Verne (e outros), eu ouvia muito rock e me inspirava com a poesia de diversos autores brasileiros, principalmente Drummond, Cecília Meirelles e Olavo Bilac.

Assim eu fui crescendo: lendo poesias e romances de FC e Fantasia (sempre embalados pelo bom e velho rock ‘n’ roll).

Certo dia, quando estava no colegial (hoje o chamado “ensino médio"), uma professora colocou no quadro negro uma poesia de Drummond chamada “O Homem, As Viagens”: foi paixão à primeira vista - gravei o poema em minha mente e jamais o esqueci.

Durante a adolescência e juventude, escrevi alguns poemas e dois pequenos romances (que não cheguei a publicar), mas havia dentro de mim outra estória que me cutucava a todo instante, desejando que eu a colocasse no papel. Aliás, acho que todo amante de literatura tem alguns personagens palpitando dentro dele, querendo "existir" de fato, mas as obrigações do dia-a-dia, nessa rotina moderna tão agitada, acabam silenciando este ímpeto...

Foi assim que “O Espaço Inexplorado” ficou dentro de mim por longos anos, até que eu finalmente percebi o quão prazeroso e gratificante é transformar em realidade (sim, de certa forma os personagens tornam-se reais!) uma estória sua e ver o seu imaginário ao alcance de outras pessoas.

Quando comecei a escrever, simplesmente não consegui parar. O mais incrível foi que, enquanto escrevia, aos poucos começava a ver os personagens como se fossem filhos meus (alguns deles, filhos mais velhos que eu...). Loucura? Não, acho que não. É amor mesmo!

Então veio o primeiro volume. E o segundo surgiu rapidamente. Entretanto, eu sentia que ainda havia muito mais dessa estória para ser escrita: mais “filhos” querendo nascer, mais naves querendo ser criadas, mais alienígenas desejando ser descobertos, mais situações, mais novidades... Muito mais a ser aprendido (por mim) e compartilhado. Uma fábula espacial precisava ser concluída.

Foi quando me dei conta que havia um universo dentro de mim. E que ele precisava vir à tona. Não tive dúvidas de que era minha obrigação continuar a desenvolver a estória. E foi um imenso prazer fazer isto!

Ah, um parêntesis: se você também tem vontade de escrever, de contar suas estórias de FC e fantasia, não se acanhe. O Brasil vive um momento no qual a literatura fantástica começa a se destacar; muitos livros bons estão surgindo. Então, faça parte deste movimento - dê vida aos seus personagens!

Quanto ao livro em si, eu nunca entendi por que os grandes heróis de seriados, novelas, filmes, livros, etc, quase sempre são jovens, crianças ou adultos de meia idade. Isso parece acontecer ainda com maior frequência em tramas futuristas. Fico me perguntando: Qual seria o fator impeditivo de termos heróis idosos, principalmente no futuro, quando as pessoas certamente viverão mais de 100 anos? Eles não dariam “ibope”? Não leem muito?

Sim, eles leem bastante. E, acreditem, querem e podem ler ainda mais (principalmente se os editores pararem de diminuir cada vez mais o tamanho das letras para pouparem custos...), basta que acreditem que têm o direito de continuar sonhando. E – principalmente – que saibam que ainda podem viver muito e com bastante intensidade. Lendo, os idosos podem se sentir estimulados a também escrever; compartilhar seus conhecimentos. A sabedoria acumulada em décadas e décadas de vida não pode ser desprezada. Pelo contrário: é exatamente ela que poderá nos salvar no futuro (já pararam para pensar nisto?).

O astrônomo William e a bióloga marinha Rosana são os personagens principais desta trilogia. Ambos são centenários, possuem bastante disposição física e muita - muita - sabedoria. Ao lado deles, uma tripulação jovem e muito especial fará incríveis jornadas através de nosso universo autoconsciente e pelos oceanos da Terra. Nelas, um antigo amor será recuperado, novos seres serão encontrados, várias descobertas serão feitas e muitas outras emoções serão vividas, sempre a bordo da senciente astronave Nazareth (aqui, uma homenagem à minha banda de rock preferida).

Porém, a mais importante das viagens não pode ser feita nem mesmo com a mais moderna das espaçonaves. Quem já leu a parte final do poema de Drummond, que citei acima, sabe disso.

E então: será que estamos preparados para ela?
Livro: O Espaço Inexplorado - Os três livros da saga numa única edição
Autor: Ricardo Guilherme dos Santos
Editora: Livrus (um selo da Giz Editorial) - http://www.gizeditorial.com.br/
Coordenação editorial: Ednei Procópio
Assistente editorial: Juliana Medeiros
Comercial: Simone Mateus
Editoração eletrônica e capa: Regiane Wagner Jorge
Ano: 2010
Páginas: 352

Haverá Um Dia ( Em Português e Esperanto )

( Fotografia de Ian Britton - http://www.freefoto.com/preview/9910-05-2396?ffid=9910-05-2396 )

Haverá um dia
(Ĉu iam)
Em que todos se respeitarão
(Ĉiuj respektos sin)
E, de mãos dadas, caminharão juntos?
(Kaj, man’ en mano, marŝos kune?)

Haverá, quem sabe, no futuro
(Ĉu ekzistos — kiu scias? — estonte,)
Alguma sábia maneira
(Iu saĝa maniero)
De unir as mentes e os espíritos
(Unuigi la mensojn kaj spiritojn)
E de mostrar que todos somos um?
(Kaj montri, ke ĉiuj ni estas unu?)

Depois de tantas guerras, de todas as lutas
(Post tiom da militoj, ĉiuj luktoj,)
Após as inúmeras desavenças
(Post sennombraj diskutoj,)
Haverá, além do que nossos olhos podem ver
(Ĉu ekzistos, krom tio kion niaj okuloj vidas,)
Alguma esperança?
(Iu espero?)

Se ao menos houver um lampejo
(Se almenaŭ ekzistos ekbrilo,)
Um fio, uma fagulha de lucidez
(Fadeno, fajrero de klareco)
Que adentre o coração dos homens
(Kiu eniru la koron de l’ homoj,)
Então, talvez...
(Do, eble...)
Talvez possa a luz iluminar as trevas
(Eble la lumo povu lumigi la mallumon)
E finalmente o ódio ruir
(Kaj fi ne la malamo disfalos)
Diante da sabedoria.
(Antaŭ la saĝeco.)

Se ao menos houver um lampejo
(Se almenaŭ ekzistos ekbrilo,)
Uma centelha, um vislumbre de compreensão
(Sparko, ekvido de kompreno)
Que faça o amor tornar-se a regra
(Kiu igu la amon regulo,)
Então, talvez...
(Do, eble...)
Talvez aprendamos a arte da convivência
(Eble oni lernu la arton de kunvivado)
E possa, enfim, o egoísmo falir
(Kaj povu, fi ne, la egoismo disfali)
Vencido pela solidariedade.
(Venkite de la solidareco.)

Haverá?
(Ĉu ekzistos?)

Algum dia, quem sabe
(Iam — kiu scias? –,)
No futuro, talvez.
(En estonto, eble.)


Autor do Texto: Ricardo Guilherme dos Santos
Versão para o Esperanto: Maestro Flávio Fonseca ( flafon@gmail.com ; www.myspace.com/flafon )